O governo da Judéia e Samaria – controlado pelo partido islâmico Fatah – está encorajando uma “mudança demográfica violenta” em Belém, onde a população cristã foi de 60% em 1990 para 40% em 2000, e hoje é cerca de 15% da população da cidade.
Estima-se que, nos últimos sete anos, mais de mil cristãos tenha emigrado de Belém anualmente, e que somente 10 mil a 13 mil cristãos continuem na cidade. O advogado de Direitos Humanos Internacional, Justus Reid Weiner, que leciona na Universidade Hebraica, disse ao Instituto Jerusalém para Assuntos Globais Judaicos que, sob o regime do Fatah, árabes cristãos têm sido vítimas de freqüentes abusos de direitos humanos.
“Existem muitos casos de ameaça, agressão, furto de terra, bomba em igrejas e em instituições cristãs, emprego negado, boicote econômico, tortura, seqüestro, casamento forçado, assédio sexual e extorsão”, disse ele. A Autoridade Palestina é diretamente responsável por muitos ataques. Alguns muçulmanos que se converteram ao cristianismo foram assassinados.
Pastor expulso
Os cristãos que moram nos territórios palestinos não são tratados como os muçulmanos. Justus diz: “Eles são submetidos a restrições legais, políticas, culturais e religiosas que os enfraquecem. Esse se tornou um sério problema para os cristãos palestinos na Cisjordânia e em Gaza. Grupos muçulmanos como o Hamas e a Jihad Islâmico construíram uma cultura de ódio no antigo fundamento da sociedade islâmica. Além disso, a Autoridade Palestina adotou a lei islâmica em sua Constituição.”
Em 2006, Hassan El-Masalmeh, membro do Conselho da Cidade de Belém e líder do Hamas, defendeu publicamente a implementação de um tributo discriminatório aos residentes não-muçulmanos. No final de 2007, um pastor evangélico foi forçado a deixar Ramalá sob ameaças de homens armados do Fatah, e logo após, sua igreja se dispersou.
“Milhares de palestinos cristãos deixaram suas casas e emigraram para a América do Norte, América Central, América do Sul, Europa e Austrália. Eles fogem para qualquer país que emitam-lhes um visto”, disse Justus. “Nem os líderes cristãos palestinos nem a Autoridade Palestina querem revelar as estatísticas exatas. Isso significaria que a amplitude da emigração seria publicamente conhecida. Eles teriam de encarar perguntas sobre as razões desse declínio.”
Segundo Justus, atualmente, o número de cristãos em Gaza totalize somente 1.500 a 3.000 entre 1,2 milhão de muçulmanos. Para ele, existem menos de 50 mil cristãos em todo o leste de Jerusalém, Cisjordânia e Gaza.
“Taybeh, um vilarejo localizado bem no meio na Cisjordânia, é o único totalmente cristão. Como resultado da violência, muitos residentes de Taybeh partiram para outros países e somente 1.300 ficaram. A situação desses cristãos se tornou muito difícil.”
Seqüestro de mulheres cristãs
Ocorrências de homens muçulmanos ‘seduzindo’ ou seqüestrando moças cristãs causaram preocupação entre a população cristã. Em maio de 2004, uma norte-americana de 16 anos que vivia em Belém ficou desaparecida por 5 dias. Ela havia sido seqüestrada por um muçulmano de 23 anos.
“A família da garota contatou o Consulado Norte-Americano em Jerusalém e foi somente graças à intervenção deles que ela foi resgatada e partiu para os Estados Unidos com a família. O episódio não recebeu quase nenhuma cobertura internacional”, comenta Justus.
Ele conta que, em outro caso, uma família muçulmana foi até a casa de uma família cristã rica na região da Judéia e ordenou que a filha, conhecida por sua beleza, se casasse com o seu filho. O rapaz já estava vestido para o casamento, acompanhado do xeique e de 15 rapazes muçulmanos. Para proteger sua família, o pai da menina começou a atirar, matando três e feriando dez. A família da garota abandou sua casa imediatamente e fugiu para outro país.
Convertidos: alvos principais
Dois irmãos muçulmanos de Samaria que adotaram o cristianismo foram vítimas de tortura.
O primeiro irmão foi preso pela polícia secreta da Autoridade Palestina e acusado de colaborar com a inteligência israelense e norte-americana. Após interrogá-lo, a polícia pendurou um cartaz nas costas do rapaz, no qual estava escrito: “Najib, o cristão”.
Mandaram-no amaldiçoar Jesus. Justus conta que Najib contatou alguns israelenses que providenciaram um abrigo para ele, em uma comunidade judaica. Depois Najib recebeu asilo na Noruega.
Seu irmão passou 21 meses na prisão depois de ser preso por acusações forjadas. Durante sete meses ele ficou em uma solitária subterrânea.
O jovem foi sentenciado à execução, mas foi liberado da prisão pelas Forças de Defesa de Israel. Ele mora em Israel, mas sua esposa e oito filhos ficaram e estão sob constante ameaça de assédio. Ele espera conseguir asilo na Noruega também.
Outro cristão, El-Achwal, foi preso por falsas acusações de roubar ouro. Ele foi mantido em uma pequena cela e ficava sem comida ou água por dias. A tortura à qual foi submetido durante os interrogatórios fez com que fosse hospitalizado.
El-Achwal estava quase livre, mas não quis renunciar a fé cristã. Um dia, foi agredido por um grupo de homens mascarados, que também queimaram seu carro. Sua residência foi bombardeada e, em 24 de janeiro de 2004, ele foi morto por homens mascarados, que nunca foram presos.
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