A descoberta de uma mina de cobre na Jordânia pode ser ser uma indicação da existência do personagem bíblico Rei Salomão, segundo arqueólogos.
Através de testes de radiocarbono, os cientistas constataram a existência de minas de cobre em uma região e época que coincidem com descrições feitas no Velho Testamento.
Até essa descoberta, acreditava-se que a extração e o aproveitamento do cobre só começaram a existir na Jordânia depois do século 7 a.C., ou seja, 300 anos depois da suposta existência do rei.
“A pesquisa apresenta dados científicos que confirmam o que está escrito na Bíblia”, afirmou à BBC Brasil um dos líderes do grupo de arqueólogos, Mohammad Najjar, da instituição jordaniana Friends of Archaeology & Heritage, que conduziu o projeto em parceria com a universidade americana de San Diego.
“Foi uma surpresa, não esperávamos encontrar tantos artefatos de metal produzidos antes do século 7 a.C.”, disse Najjar.
“Não é possível dizer com certeza se as minas encontradas são mesmo a do rei Salomão, mas neste momento, a possibilidade dele ter existido aumentaram bastante.”
“O que se sabe indiscutivelmente é que o povo edomita – descendentes de Esaú, segundo a tradição hebraica – praticava a metalurgia na época indicada pela Bíblia, muito antes do que se pensava”, disse.
A escavação vem sendo conduzida em Khirbat en Nahas, um antigo centro de produção de cobre ao sul do Mar Morto, desde 1997.
Lendas
Segundo o Velho Testamento da Bíblia cristã (que utiliza escrituras judaicas, o Tanakh), o rei Salomão teria unido os reinos hebreus de Israel e Judá por 30 anos, cerca de 1000 a.C..
Segundo a Bíblia, Salomão teria sido o terceiro rei dos hebreus, depois de Saul e Davi e seu reinado, um período de fartura.
No entanto, não existiam evidências de sua existência ou de um reino que dominasse conhecimentos de metalurgia à época naquela região.
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