Yuanqi Tiantian, 18 anos, foi agredida pela polícia do tribunal quando tentou falar com seu pai enquanto ele era colocado em um carro de polícia, em 15 de dezembro.
Seu pai, o pastor Lou Yuanqi, foi submetido a julgamento ontem, acusado de incitar separação no Estado (leia mais). Os juízes ainda não entregaram o veredicto do caso do pastor Yuanqi.
Tiantian foi levada ao hospital onde recebeu tratamento médico, e teve alta na mesma noite.
O julgamento foi das 11 às 18 horas. Aproximadamente 20 membros da igreja do pastor Yuanqi, incluindo sua esposa e sua filha Tiantian, estiveram presentes.
Durante a audiência, os três juízes – um deles era muçulmano – permitiram que o representante legal de Yuanqi, Li Dunyong, lesse sua afirmação de defesa. Em seguida, os representantes da acusação leram suas afirmações.
Segundo os contatos do grupo ChinaAid, os juízes presidindo o caso concordaram com o Dunyong quanto ao fato de a acusação não conseguir justificar o caso, acusando o pastor Yuanqi de “suspeito de utilizar a superstição para minar a lei”.
Pessoas presentes no julgamento também disseram que os advogados da acusação pareceram quase envergonhados de seu próprio argumento.
O juiz presidente concordou com Dunyong que há perseguição em Xinjiang (província chinesa habitada pela etnia uigur, muçulmana em sua maioria).
Contatos informam que o juiz afirmou: “Se os cristãos tivessem mais liberdade religiosa em áreas fora de Xinjiang, deveriam pensar em sair daqui, porque Xinjiang é especial”.
O juiz até disse a Dunyong i que ele havia lido a Bíblia e tinha dito que ela era boa. Contudo, disse que os religiosos eram proibidos pelo Estado de se reunir em fora dos locais aprovados. Ele acrescentou que não declarariam um veredicto no tribunal porque a situação era delicada demais.
Uma testemunha disse que o pastor Yuanqi “parecia cheio de fé em Deus no tribunal, como um soldado”.
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