Cerca de 7 mil cristãos iraquianos que foram deslocados por conta dos ataques do Estado Islâmico (EI), irão assistir a um festival de música e dança em Erbil nesta sexta-feira (18), depois de passarem mais de dois anos sob o domínio do grupo extremista, que vem causando atrocidades em todo o Iraque.
O evento intitulado de “The Return Festival”, (O Festival do Retorno, em tradução livre) contará com corais e danças realizadas por refugiados. Ele foi organizado por 100 jovens da comunidade cristã de Erbil, além de 200 pessoas deslocadas e o proprietário de uma companhia de televisão local. As informações são do Ministério Portas Abertas.
Nos últimos dois anos, as forças do EI causaram estragos nas planícies de Nineveh, deslocando milhares e destruindo inúmeras cidades e aldeias. Havia cerca de 1,5 milhão de cristãos no Iraque antes da invasão de 2003. Agora algumas estimativas afirmam que esse número é cerca de 200 mil.
O momento é de celebração para dezenas dessas cidades que foram tomadas pelo Estado Islâmico. No entanto, muitas famílias deslocadas perderam a esperança de voltar para casa. Maha al Kahwaji é uma mulher cristã, deslocada da aldeia de Karamlesh no norte do Iraque, que vê pouca esperança de retorno. Ela disse: "Não é só difícil. Com a queima das casas e a destruição, é impossível voltar".
Esperança
O festival destina-se particularmente a incentivar aqueles que, como Maha, testemunharam a destruição de suas casas através de fotos e vídeos. Sana, uma jovem de Erbil que trabalha aconselhando pessoas traumatizadas pelas agressões do grupo extremista, explicou o propósito do festival.
"Com este festival nós tentamos dizer a nossos irmãos e irmãs: ‘estamos com você, nós apoiamos você’", disse Sana. "Queremos dar-lhes esperança neste dia, para que eles permaneçam com essa esperança", ressaltou.
Seu colega, um jovem chamado Rami, também de Erbil, disse: "Suas casas foram destruídas após a libertação. Queremos mostrar para as organizações, para o governo central e para os governos ao redor do mundo: ‘você tem que ajudá-los! Eles precisam de casas para viver e não apenas de um terreno’", pontuou.
Os iraquianos deslocados estão determinados a viver, apesar de seus problemas. O evento é uma tentativa de trazer esperança para uma situação muito escura. O Iraque é o segundo na lista do Portas Abertas, que classifica os países onde é mais difícil ser cristão. "Estamos tentando levantar nossa voz para o mundo", disse Sana. "Os cristãos querem ficar aqui", finalizou.
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