Os acusados terão de comparecer ao tribunal para enfrentar as acusações arquivadas e exoneradas em 10 de abril. Eles haviam sido presos nos termos do artigo 54 do Código Penal, que fornece um poder especial à polícia para deter qualquer pessoa com comportamento suspeito.
Manana Mridha, um dos pastores do movimento Caminho da Paz, que possui 490 igrejas no noroeste de Bangladesh, disse à Compass que o caso voltou para que se pudessem impedir atividades cristãs na área.
No dia 13 de abril, policiais acusaram alguns homens de “ferir os sentimentos religiosos” da área muçulmana, depois que um médico estrangeiro ofereceu bíblias aos pacientes em um acampamento de saúde. O grupo de cristãos, sob a direção do Caminho da Paz, tinha preparado dois dias de atendimento gratuito para os moradores pobres em Damurhuda.
Cerca de 100 moradores participaram do acampamento para tratamento gratuito, em 23 de março, onde um médico japonês os tratou. No dia seguinte, eram esperadas mais de 400 pessoas para participar do mutirão de saúde.
O médico japonês havia oferecido os folhetos cristãos e bíblias aos pacientes, dizendo-lhes que não precisavam aceitar, se não quisessem, disseram as fontes. Muçulmanos da área se revoltaram com a atitude do médico e chamaram a polícia para prender os cristãos.
Um dos acusados é Nurul Islam, cristão de 30 anos, que disse à Compass que o médico japonês tinha conversado com os moradores vítimas da devastação causada pelos desastres naturais na região.
Segundo relatos dos voluntários da clínica, a ideia de distribuir material cristão na clínica partiu do médico japonês espontaneamente. Os cristãos tinham permissão para realizar as atividades na região com proteção policial.
Segundo informações, alguns moradores da região ficaram muito irritados com a distribuição de bíblias aos pacientes que estavam sendo atendidos.
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