MUNDO MUÇULMANO – “Comecei ouvindo os programas de rádio por três meses. Então decidi me tornar cristã e seguir Cristo, mas como eu poderia fazer isso? Olhei para um prédio com uma cruz, do outro lado da minha cidade, e cuidadosamente comecei a visitar essa igreja, sem o véu e sem ser reconhecida pelas pessoas”.
Esta é a segunda parte do testemunho de Amal, uma ex-muçulmana atraída pelo evangelho pelo comportamento diferente de um professor. Como ele não podia pregar para ela, aconselhou a jovem a ouvir programas de rádio cristãos. Depois disso, espontaneamente, ela passou a freqüentar uma igreja de forma secreta. (Para ler a primeira parte do testemunho, clique aqui. )
Testemunho de vida
Felizmente Amal veio de uma família que deu às suas filhas certa liberdade e certo espaço. Isso não é comum entre as famílias árabes, já que geralmente não é permitido a elas que garotas saiam sozinhas e façam coisas por conta própria, especialmente quando estão em idade de casamento. Mas Amal podia ir à igreja e isso impactou sua vida para sempre.
“Depois de um tempo, alguns membros da igreja começaram a perceber que eu estava visitando os cultos freqüentemente e saía rapidamente, por isso ficaram curiosos. Algumas moças me fizeram perguntas e logo perceberam que eu era uma crente ex-muçulmana. Elas me colocaram em contato com outros ex-muçulmanos, homens e mulheres, e eu comecei a participar de um grupo secreto.”
“Eles me desafiaram em minha nova fé, o que foi excelente, já que vínhamos todos do mesmo contexto. Eles me desafiaram a ser batizada, o que seria um passo grande e perigoso. Deram-me um tempo para pensar acerca do batismo, mas finalmente, após dois anos pensando e estudando a Bíblia, decidi ser batizada, o que aconteceu em um lugar secreto para evitar retaliações.
Descoberta
Durante esse tempo, um dos membros do grupo começou a ter um interesse especial em mim, um interesse mais profundo que o normal, e também eu nele. Então começamos a namorar, à moda árabe, à distância, apenas com olhares, mas logo estávamos noivos. Que coisa maravilhosa, dois crentes ex-muçulmanos se apaixonarem, mas o que falaríamos às nossas famílias, já que elas não sabiam que éramos cristãos?”
A família de Amal já havia descoberto que ela estava indo semanalmente ao outro lado da cidade e que provavelmente estava visitando uma igreja. “Meu pai e meus irmãos já haviam me feito questionamentos sobre meu comportamento, mas minha família é liberal, por isso não se incomodou; até que cheguei com a mensagem de que iria me casar. Este foi um passo muito grande, então eles começaram a me ameaçar e a me proibir de me casar com um homem que não conheciam.”
“Isso era estranho, especialmente para meu pai e meus irmãos e, opostamente a toda a cultura, eu havia escolhido meu marido por mim mesma e não por eles. Mas eu tenho um coração forte, e minha família percebeu que seria muito difícil me fazer mudar de idéia. Ao menos meu marido era muçulmano, e por isso eles estavam felizes – eles não haviam percebido que meu futuro marido também tinha trocado sua religião…”
Armas para matar
Hani também vem de um contexto muçulmano, mas ele perdeu todos os contatos e relacionamentos com sua família, portanto o maior problema do relacionamento deles viria da família de Amal, e de fato veio. “Minha família descobriu que meu futuro marido era teoricamente muçulmano, mas, na prática, um cristão também. Além disso, ele havia perdido o contato com sua família, e estava desligado de toda sua família, o que é inaceitável no mundo árabe.”
“Portanto, minha família não estava feliz com o marido que eu havia escolhido e começou a me ameaçar novamente. Houve um dia em que eles vieram com rifles e revólveres para me matar e também a Hani, que estava comigo naquele momento. Felizmente o Senhor nos protegeu e meu pai e meus irmãos decidiram não me matar, mas a mensagem estava dada.”
“Eu fiquei muito amedrontada e realmente não me atreveria a me casar com Hani. Em uma conversa com o pastor, nós decidimos não parar, mas continuar os nossos planos. Então nos casamos num certo dia, porém eu fiquei apavorada durante todo o dia pensando sobre o que poderia acontecer caso minha família mudasse de idéia novamente. Aleluia, nada aconteceu e nós tivemos um grande dia. Louve ao Senhor”.
Nova vida
A relação de Amal com sua família ainda é espinhosa e difícil, mas de certo modo eles aceitaram o fato de ela estar agora em uma nova vida. “Minha família sabe que nós estamos casados e que temos uma criança, mas eles normalmente nos deixam sozinhos. Minha família não está feliz comigo, e algumas vezes torna a minha vida um pouco mais difícil por suas ameaças e por seu tratamento, mas Deus está cuidando de nós neste país do mundo árabe.”
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