Líderes mundiais do passado e da atualidade participam nesta segunda-feira na capital alemã de eventos para comemorar os 20 anos da queda do Muro de Berlim, um marco que representou a desintegração do bloco comunista na Europa Oriental.
A chanceler alemã, Angela Merkel, se juntou ao ex-líder soviético Mikhail Gorbachev e ao ex-presidente polonês Lech Walesa em uma caminhada pelo antigo posto de controle na ponte de Bornholmer, o primeiro a ser aberto em 9 de novembro de 1989.
Merkel disse que este é “não apenas um dia de celebrações para a Alemanha, mas para toda a Europa”.
“(A queda do muro) foi o resultado de uma longa história de opressão e do esforço contra a opressão”, disse.
Antes, a chanceler alemã disse que a unificação das duas Alemanhas ainda está incompleta, já que o leste ainda não está tão desenvolvido economicamente quanto o oeste.
Histórico
Em 1989, a queda do muro levou ao colapso do poder comunista no Leste Europeu, à reunificação alemã e ao fim da Guerra Fria.
A Alemanha Oriental comunista ergueu o muro de concreto com 155 quilômetros de extensão em torno de Berlim Ocidental em 1961 para evitar que moradores do lado comunista fugissem para o reduto capitalista.
Acredita-se que mais de cem pessoas tenham morrido tentando escapar pelo muro.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, também participam das comemorações, junto e o ex-premiê húngaro Miklos Nemeth – que, com a decisão de abrir as fronteiras do país, foi o primeiro a permitir que alemães orientais fugissem para o Ocidente.
Centenas de dominós gigantes feitos de espuma, pintados por jovens com mensagens de liberdade, foram alinhados na linha onde ficava o muro e serão derrubados às 20h (hora local, 17h em Brasília), representando como os governos comunistas da Europa do Leste foram caindo, um após o outro.
As festividades serão encerradas com um show de fogos de artifício e um show com músicos de vários países.
Fonte: BBC Brasil
A Igreja Sujeita ao Comunismo
O fundador da Portas Abertas, Irmão André, acompanhou as consequências vividas pelos cristãos no país, desde a inauguração do Muro, em 1961 até sua queda.
Ele foi um dos primeiros a passar por um dos postos de controle, Charlie. Ele tem uma lembrança vívida do impacto do Muro: “A multidão de refugiados sujeita a regras comunistas parou durante a noite. Não havia saída, ninguém podia escapar. O resultado foi uma onda de suicídios, incluindo alguns pastores evangélicos. Eles perderam a esperança”.
Havia um claro confronto ideológico e de valores. Um pensador comunista disse: “A responsabilidade do comunismo é ser militante ateu, um lutador ativo para a pureza da ideologia soviética e para uma erradicação completa do preconceito religioso”.
Além disso, havia um regime baseado em um controle rígido. A Igreja estava isolada e vivia sob ameaças. O colega do Irmão André, Johan Companjen, explica: “Os comunistas não toleravam os cristãos. Os cristãos caíram totalmente no abandono. Um pastor na Hungria disse: ‘Ninguém sabia onde eu estava, nem mesmo a minha família. Obrigado por vir’. Então, ele chorou muito. A polícia tinha fechado a igreja dele e o levado preso”.
Mas, apesar das ameaças, detenções e prisões, o Irmão André diz que a Igreja mostrou força.
A origem da Portas Abertas veio da determinação do Irmão André em fortalecer a Igreja Perseguida. Ele começou a fazer várias visitas, levando Bíblias através do posto de controle, orando para que os guardas não o vissem com elas e, pedindo para que Deus os “cegassem” quando ele passasse.
Centenas de milhares de Bíblias foram entregues. Sua convicção era que os cristãos que viviam sob este tipo de pressão precisavam de encorajamento e da força que podia ser encontrada na Palavra de Deus.
Fonte: Portas Abertas
Neste mês de celebrações pelos 20 anos da queda do Muro de Berlim, a Missão Portas Abertas preparou uma página especial em nosso site falando sobre o aspecto religioso desse grande acontecimento na história. Confira!
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