Assadullah está em uma prisão de exploração em um distrito de Mazar-e-Sharif, no norte do Afeganistão. Fontes disseram que sua família não obteve sucesso em sua libertação, apesar de pagar subornos a funcionários. Devido à sensibilidade das acusações, nenhum advogado se comprometeu a defendê-lo. Assadullah não relatou maus-tratos na prisão.
Segundo informações de fonte anônima, o cristão ficou diante de um juiz pelo menos uma vez desde sua prisão. O juiz perguntou-lhe a fé que seguia e Assadullah confirmou ser cristão.
Embora sua família tenha tolerado a sua nova fé, eles não estão satisfeitos, e há alguns dias seu pai o deserdou. Assadullah se tornou cristão há cinco anos.
"Ele quer que outros saibam que não tem medo, e que sua fé é forte", disse a fonte à Compass Direct. " Ele sente muita falta de uma Bíblia."
O cristão pede oração pelos cristãos afegãos, para que continuem firmes na fé.
Musa, outro cristão preso no país (saiba mais), e Assadullah são os únicos ex-muçulmanos na prisão no Afeganistão, e ambos são acusados de apostasia punível com a morte sob a sharia (lei islâmica), que ainda é aplicada no país.
No mês passado, em novembro, no Relatório Internacional Anual sobre Liberdade Religiosa 2010, o Departamento dos Estado Estados Unidos informou que o respeito pela liberdade religiosa no Afeganistão diminuiu no ano passado,"particularmente para os grupos cristãos e indivíduos."
A Constituição afirma que o Islã é a “religião do Estado” e que nenhuma lei pode ser contrária às crenças e provisões da religião sagrada do islã. "O Relatório indicou que a conversão do islã é entendida pelos clérigos islâmicos, bem como muitos cidadãos, como violação dos princípios do islã.
No entanto, o país assinou a Declaração Universal dos Direitos do Homem que estipula a liberdade religiosa, incluindo a liberdade de mudar de fé. A Constituição do país prevê igualmente uma medida de liberdade religiosa nos termos do artigo 2 º, artigo 3 º, mas limita a aplicação de todas as leis se forem contrários à "crenças e as disposições da religião sagrada do islamismo".
Outra fonte que pediu anonimato, disse que o processo contra a Musa e Assadullah tipifica a intolerância e a aversão inerente no islã. Ele disse que a sentença possível seria a morte, e que se Musa fosse libertado o seu único recurso seria a de deixar o país ou ser morto.
"Nós tentamos o máximo possível levar as coisas a fim de revelar esta situação injusta, sabendo que o Afeganistão é um dos signatários da Convenção dos Direitos do Homem", disse ele. "Mas essa falha grave dos Direitos Humanos é mais ou menos aceito como um caso ‘tão sensível’ e que ninguém quer realmente lutar contra", declara.
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