Não é por que a Colômbia está clamando pela paz que os colombianos aceitam qualquer tipo de acordo. Contrariando as expectativas internacionais, o mais recente acordo de paz foi rejeitado pela maioria dos cidadãos no país. A Anistia Internacional lamenta o resultado do plebiscito, dizendo que a Colômbia deu as costas ao que poderia ter sido o fim de um longo conflito de 50 anos, que devastou milhões de vidas.
Por outro lado, aqueles que rejeitaram o acordo, alegaram que as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o governo estipularam pontos difíceis de serem cumpridos. “Seria absolutamente incorreto concluir que os colombianos votaram contra a paz. Nenhuma pessoa razoável seria contra a paz. O que os colombianos fizeram foi rejeitar, por exemplo, a inclusão da ideologia de gênero, mencionada 117 vezes no acordo final, com formulações bastante ambíguas”, comenta um colaborador da Portas Abertas que atua no país.
Além disso, houve muitos outros artigos que estavam no acordo com a intenção de implantar de “forma indireta” alguns interesses que não beneficiavam o povo, mas os revolucionários. “O acordo também não oferecia garantia alguma de que o tráfico de drogas cessaria definitivamente. O eleitorado quer mais garantias, não só de paz, mas de segurança e qualidade de vida para os colombianos”, comenta. Para a igreja no país a incerteza de um futuro mais pacífico ainda continua.
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