"As aulas recomeçaram, então, voltamos à incerteza. Levantamo-nos muito cedo para orar e jejuar quando nossas filhas não estão em casa. Todo dia quando caminho até a escola em que trabalho, prendo a respiração, pois, a cada minuto, algo pode acontecer. Muitas ruas estão fechadas e, quando você anda, verifica de perto os vestígios da batalha: muitos incêndios por todas as ruas.
Em nossa casa, também vemos os vestígios da guerra: notamos um buraco de bala em nosso quarto de hóspedes, mas, recentemente, também descobri outro buraco no quarto de minhas filhas.
Poucos dias depois, quando passava por uma das igrejas na rua, vi um homem ao telefone. Não sei quem ele era, mas, de alguma forma, senti que algo estava errado. Eu o ouvi falar ao telefone; ele disse: ‘Mire perto e muito próximo à porta principal da igreja onde estou agora, mire exatamente neste lugar’. Quando cheguei em casa, disse a meu esposo: ‘Eles vão atacar aquela igreja, eu sei’. Meu esposo achou que eu estava errada, mas, meia hora depois, ouvimos que a igreja tinha sido atacada por um morteiro.
Não foi a primeira igreja a ser retaliada. De fato, estão ocorrendo muitos ataques a igrejas. Eles também estão alvejando os cristãos. Muitos deles são mortos ou sequestrados. Quando são sequestrados, eles pedem resgate às famílias ou os força a se converterem ao islã. As mulheres são estupradas com frequência. As pessoas que sobreviveram de incidentes assim estão traumatizadas. Um dos homens que conheço sobreviveu a um sequestro. Desde que voltou, ele não falou uma palavra; chora muito. Ninguém sabe o que, de fato, aconteceu com ele.
As pessoas perguntam por que ainda estou neste país. Repetidas vezes, também me faço a mesma pergunta. Como mãe e esposa, quero sair, mas, como cristã, quero permanecer. Sempre que eu e meu esposo oramos, Deus coloca algo em nosso coração: permanecer na Síria. Ele tem coisas para fazer por meio de nós aqui.
Deus abençoará a Síria, tenho certeza disso. Ele já está nos abençoando. Toda as vezes em que vamos à igreja, ela está cheia; as pessoas se aproximam de Deus em tempos de desespero. Mas, sempre vemos rostos novos também. Muitos desses rostos novos são pessoas de origem muçulmana, refugiados. Eles dizem: ‘Perdemos tudo: nossa casa, nosso trabalho, membros da família, mas ganhamos a coisa mais importante: o conhecimento de que Jesus é o nosso Salvador’. Recentemente, 30 pessoas de nossa igreja foram batizadas. Três ou quatro delas eram de origem muçulmana. A situação é difícil, mas temos vivido pela fé."
Sua assinatura, o futuro deles
Participar de uma campanha de abaixo-assinado é mais do que simplesmente preencher um espaço em branco. É posicionar-se diante de uma situação. É mostrar que você não concorda que famílias inteiras sejam desalojadas; que pessoas sejam mortas; que cristãos sejam oprimidos unicamente por amar Jesus. Um minuto que você investe, pode definir o futuro de milhares de cristãos sírios, como Hanna e sua família. Assine a petição. Apoie a Igreja síria.
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