O governo da Eritreia está transformando seu país em uma prisão gigante, afirma o grupo Human Rights Watch. Para isso, o nordeste africano está fazendo uso do recrutamento militar, assim como detenção arbitrária de seus cidadãos, diz o grupo de direitos humanos.
Centenas de refugiados eritreus foram forçados a voltar de países como Líbia, Egito e Malta. Ao retornarem, enfrentam prisão e tortura.
A perseguição religiosa e o trabalho forçado também são muito comuns na Eritreia.
A reportagem encoraja os países a não mandarem de volta os eritreus que buscaram exílio e convoca a comunidade internacional a pressionar o governo em Asmara a respeito de seus registros de direitos humanos.
O Human Rights Watch diz que todo ano, milhares de eritreus fogem de seu país.
Dezesseis anos após ganhar independência da Etiópia, seguido de três décadas de guerra, a Eritreia se tornou um dos Estados mais fechados e repressivos no mundo, diz a reportagem.
O presidente Isayas Afewerki é acusado de usar uma disputa por território não resolvida com a Etiópia, para manter a Eritreia em permanente pé de guerra.
O grupo diz que não existe sociedade civil independente e todos os meios de comunicação privados foram fechados.
As pessoas com menos de 50 anos raramente recebem vistos para deixar o país e aqueles que tentam fazê-lo sem documentação, enfrentam aprisionamento e tortura, ou ainda, são atingidos por tiros nas fronteiras.
Os prisioneiros são geralmente mantidos em celas subterrâneas ou em containeres de carga com temperaturas extremamente altas. Enquanto isso, os cristãos são perseguidos e torturados regularmente.
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