Comunhão na comunidade seria uma redundância? Observemos o significado dessas duas palavras:
Comunhão: ato ou efeito de comungar; ação de fazer alguma coisa em comum ou o efeito dessa ação; sintonia de sentimentos, de modo de pensar, agir ou sentir; identificação; co-participação, união, ligação.
Comunidade: estado ou qualidade das coisas materiais ou das noções abstratas comuns a diversos indivíduos; comunhão; concordância, concerto, harmonia; conjunto de indivíduos organizados num todo ou que manifestam, de maneira consciente, algum traço de união.
Partindo desses significados, é possível deduzir que não existe redundância quanto à comunhão na comunidade, elas se complementam, pois não existe comunidade sem comunhão e vice-versa. Mas na prática nem sempre se observa essa verdade. Contudo, para os muçulmanos, principalmente durante o período do ramadã, seu senso de comunidade é aflorado e a busca pela comunhão se intensifica.
As comunidades islâmicas durante o ramadã expressam a comunhão por meio de atitudes, pois como falou Maomé: “Aquele que praticou a caridade e o bem neste mês com seu semelhante, tem as devidas boas recompensas na vereda do Dia do Juízo Final”. Sendo assim, eles procuram viver profundamente a fraternidade e os valores familiares.
Todos os dias, eles fazem a ‘entrega’ do jejum com muita comida, bebida e festa, e não celebram somente com a família e amigos, mas também com os estrangeiros, os ‘não muçulmanos’ ou como alguns classificam: ‘infiéis’. Essa refeição especial é chamada ‘iftar’.
Durante esse mês, todos os países islâmicos se transformam com as festividades do iftar e com os enfeites que ornamentam as casas e prédios. Até mesmo os muçulmanos, considerados ‘nominais’, celebram esse período, tal sua importância na cultura islâmica.
Por sua vez, a Igreja de Cristo é a comunidade da fé, chamada para viver em comunhão com o seu próximo e com Deus, assim como João escreveu: “Se, porém, andarmos na luz, como eleestá na luz, temos comunhão uns com os outros” (I João 1.7a), e como os discípulos da Igreja Primitiva que “... se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.” (Atos 2.42).
Nos dois versículos citados acima, ‘comunhão’ é a tradução da palavra grega ‘koinonia’ que também carrega em si a idéia de ‘associação’ e ‘participação’, uma estreita união e laços fraternais entre os homens. Para os filósofos da Grécia Antiga, era um ideal a ser buscado. Portanto, koinonia tem o sentido de “fraternidade” e é a expressão normal para a maneira de se constituir a vida social.
Contudo, especificamente em Atos 2.42, a palavra koinonia deve ser entendida como parte essencial da vida de adoração. Ela indica a unanimidade e unidade levada a efeito pelo Espírito. O indivíduo era completamente apoiado pela comunidade. A impressão é de que nesse contexto, o ideal grego da sociedade foi realizado.
Embora a prática da caridade seja requerida aos muçulmanos principalmente no mês do ramadã, é certo que os cristãos que vivem em países islâmicos são grandemente pressionados numa batalha espiritual intensa e muitos ainda correm o risco de perderem suas vidas, pois os extremistas muçulmanos acreditam que matar um ‘infiel’ no primeiro dia do ramadã garante a ele a vida eterna no paraíso.
Por isso, e principalmente porque a Palavra nos instrui, devemos viver em koinonia com nossos irmãos em Cristo e orar com eles e por eles. Devemos entrar na batalha espiritual a favor dos cristãos perseguidos para que possam ‘resistir no dia mal’ (cf. Efésios 6.13) e para que possam continuar glorificando a Deus com suas vidas, assim como também devemos fazer.
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