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O evangelho de Jesus Cristo é a única esperança de chegarmos a soluções de fato significativas para o problema racial. É isso que John Piper nos mostra neste livro, quando lança a luz do evangelho sobre essa questão.
Além de confessar seus próprios pecados e sua experiência pessoal com tensões raciais, ele conta também como Deus tem transformado sua vida e sua igreja. Piper expõe aos olhos dos leitores a realidade e a extensão do racismo e, a seguir, demonstra, a partir das Escrituras, como a luz do evangelho atravessa as trevas sombrias desse pecado tão destrutivo.
Peso: 0.397
Tamanho: 15,5 x 22,5
Edição: 2012
Volume: 1
isbn: 978-85-275-0492-8
Ano Lançamento: 2012
O racismo, o ódio e o sentimento de superioridade racial têm sido elementos trágicos da condição humana desde a Queda, no mundo inteiro. E a cada vez que esses elementos se manifestam, encontramos por trás deles, bem na raiz do pecado racial, um coração incrédulo que resiste à graça e à misericórdia de Deus.
O evangelho de Jesus Cristo é a única esperança de chegarmos a soluções de fato significativas para o problema racial. É isso que John Piper nos mostra neste livro, quando lança a luz do evangelho sobre essa questão.
Além de confessar seus próprios pecados e sua experiência pessoal com tensões raciais, ele conta também como Deus tem transformado sua vida e sua igreja. Piper expõe aos olhos dos leitores a realidade e a extensão do racismo e, a seguir, demonstra, a partir das Escrituras, como a luz do evangelho atravessa as trevas sombrias desse pecado tão destrutivo.
Endosso
“John Piper nos presenteia com uma obra primorosa sobre a questão racial. Ele trata da questão com solidez bíblica e teológica combinadas à sensibilidade pessoal e conselhos práticos. Esta é uma obra que deve ser lida por todos que buscam a unidade ensinada por Deus.” Tony Evans, Presidente da organização The Urban Alternative; Pastor-Sênior da Oak Cliff Bible Fellowship
“As pessoas se voltam para organizações, educação, personalidades famosas e, em última análise, para o governo, em busca de soluções para o constante conflito racial. [...] John Piper, com base em passagens específicas da Bíblia, defende que o evangelho de Cristo é a única solução suficientemente poderosa para acabar com o conflito racial e promover reconciliação e harmonia. O evangelho anuncia que Jesus, por meio do seu sangue, derrubou as barreiras que separavam a humanidade em linhagens raciais, unindo todas as etnias em um só corpo: a igreja. Mas Piper não para por aqui. Ele nos conduz com o cuidado de um pastor na reflexão sobre as várias implicações do evangelho para as questões raciais e étnicas. Nesse sentido, o livro que você tem em mãos é muito mais do que um simples livro sobre raça e etnia. É um excelente exemplo de como devemos nos empenhar no esforço de renovar nossa mente, substituindo nossos velhos modos de pensar pelo modo de pensar do evangelho.” Juan R. Sanchez Jr., Pastor da High Pointe Baptist Church,Austin, Texas
“Por muitos anos busquei um livro que tratasse a questão racial com solidez bíblica e bases teológicas consistentes. Deus atendeu à minha oração. Das páginas desta obra de John Piper saltam o poder do evangelho para superar o racismo e um chamado para que tenhamos uma atitude centrada na cruz e marcada pela justiça de Deus para com aqueles que são diferentes de nós. Esta é uma obra importante, essencial. Tenho certeza de que Deus irá usá-la para lembrar a todos nós do poder da dignidade do evangelho, uma dignidade preciosa, que não tem preço.”Crawford W. Loritts Jr., autor, conferencista; apresentador de rádio; Pastor-Sênior da Fellowship Bible, Roswell, Georgia
Introdução
UmA nota ao leitor a respeito de raça e racismo
Sou um defensor ardoroso de definições claras. Gosto de saber a respeito do que estou falando. Se você preferir apenas captar ao longo da leitura aquilo que estou querendo dizer, sinta-se à vontade para pular esta seção e ir direto à introdução. Para falar a verdade, histórias são sempre mais interessantes. Acredite você ou não, a própria existência de uma realidade conhecida como raça é objeto de controvérsia. Estou falando sério. E isso acontece com pessoas muito sábias, a quem admiro. Trato dessa questão no apêndice 1. E, evidentemente, o termo racismo também é ambíguo. Pareceu-me um bom sinal desejar que o termo raça não existisse. Ele não tem servido muito para melhorar as relações humanas. Da forma como costumamos usá-lo, não é uma categoria bíblica. Podemos até não conseguir nos comunicar atualmente sem esse termo, mas podemos ao menos tentar mostrar que é um termo vago, que tem sido usado com frequência pela ideologia com propósitos racistas. a raça é mais cOmPlexa dO que a cOr — e NãO meNOs No entanto, neste livro, procurei não abandonar os termos raça e racial. Por mais significados que eles possam trazer consigo, estão incrustados em nossa linguagem e em milhares de livros, artigos, sermões, palestras e diálogos que compõem o mundo com o qual devemos nos relacionar. Não há como escapar disso historicamente falando, e nos dias de hoje os problemas que enfrentamos são concebidos ao longo das linhagens raciais, que são entendidas, sobretudo como linhagens de cor. Por exemplo, em 1899, W. E. B. Du Bois fez um discurso na Primeira Conferência Pan-africana, no Westminster Hall, em Londres, que começava assim: O problema do século xx é o problema das linhagens de cor, a questão de até que ponto as diferenças de raça — que se revelam principalmente pela cor da pele e textura do cabelo — servirão, de agora em diante, como base para negar a mais da metade do mundo o direito de compartilhar, o máximo possível, das oportunidades e privilégios da civilização moderna. Não invejarei Du Bois pelo uso do termo raça nesse sentido. Isso é histó- ria. E ainda é o modo como a questão racial é poderosamente formulada hoje. A menos que eu explicitamente diferencie raça e racial de etnicidade e etnia, gostaria de que você, leitor, pensasse em ambos quando eu mencionar qualquer um deles — ou seja, na etnicidade com um componente físico e na raça como um componente cultural. Com bastante frequência, uso esses termos em conjunto para extrair essa combinação de ideias.
O racismo valoriza uma raça em detrimento de outra
Com respeito ao termo racismo, é possível que a pessoa se veja tão envolta em uma série de nós que lhe pareça desanimador defini-lo. Há alguns anos, gastamos meses com a equipe de pastores de nossa igreja tentando chegar a uma definição aceitável. Jamais pensei que definir uma simples palavra pudesse ser tão difícil. Mas desatarei esse nó simplesmente decidindo usar a definição de outra pessoa.No verão de 2004, a denominação presbiteriana dos Estados Unidos chegou a um consenso quanto à seguinte definição, que a meu ver é muito útil: “O racismo é uma crença ou prática explícitaou implícita que qualitativamente distingue ou valoriza uma raça em detrimento de outras”.Embora eu tenha dito anteriormente que uso o termo raça com conotações culturais (etnicidade), no que diz respeito a essa definição estou pensando em raça em termos de características físicas. Estou fazendo uma distinção entre raça e etnicidade. A razão disso é que, uma vez que etnicidade abrange crenças, atitudes e comportamentos, somos bíblica e moralmente obrigados a valorizar certos aspectos de algumas etnicidades em detrimento de outros. Naquilo em que essa valoração estiver verdadeiramente arraigada no ensino bíblico sobre o bem e o mal, isso não deve ser chamado racismo. Existem, em todas as culturas, inclusive na nossa própria cultura (qualquer que seja ela), aspectos pecaminosos que precisam ser transformados. Assim, a definição de racismo proposta aqui deixa espaço para a avaliação de culturas com base em um padrão bíblico.O foco dessa definição de racismo está no coração e no comportamento do racista. O coração que acredita que uma raça tenha mais valor do que outra é um coração pecador. E o pecado que ele comete é chamado racismo. Esse foco pessoal sobre o termo racismo não exclui a expressão desse pecado de maneiras estruturais — por exemplo, em leis e políticas que aviltem ou excluam pessoas com base na raça. (Veja o capítulo 5, em que abordo a questão do racismo estrutural.)