Herdeiro do pensamento alemão do séc. XIX e devedor desse idealismo, em especial de Hegel e Schelling, é a partir de 1919, na Alemanha destruída pela I Guerra Mundial, que começa a trabalhar sobre a ideia de uma teologia da cultura.
Para Tillich, por baixo das manifestações culturais se faz presente a espiritualidade humana, pois ela expressa o incondicionado e dá margem a manifestações especiais, que se apresentam enquanto cultura.
Nesta obra, o autor detalha como deve ser a relação entre teologia e cultura, entre cristianismo e mundo, apresentando Deus como o fundamento da existência humana. Sua teologia faz perguntas acerca da vida e a teologia responde. Assim, constrói correlações entre as questões que a cultura levanta e as respostas possíveis à teologia. Ou seja, através das manifestações culturais podemos ver a forma dos conteúdos espirituais da vida e não somente aquilo que é periférico e superficial, mas sobretudo, aquilo que traduz o sentido último e mais profundo da existência, a espiritualidade humana