Sou médica. Coordeno um programa de detecção precoce de câncer de mama. Enquanto lia essas páginas me perguntava por que aceitei opinar sobre um livro. Este livro foi escrito por um casal cristão. Relatam seu caminho na fé tendo como guia uma enfermidade que durante muitos anos ocultou seu próprio nome porque a sociedade não se atrevia nomeá-lo. Nas conversas e nas notícias a palavra ?câncer? foi substituída por ?o pior?, ?o indomável?, ?inimaginável?, ?grande enfermidade?, ?dolorosa enfermidade? e outras. Isso demonstrava o temor de pronunciá-la, quase como se fosse um malefício. A medida que os métodos para diagnósticos oportunos e os tratamentos foram mais eficazes começou a se ganhar a batalha e a perder o medo. Valente relato o de Amélia e de Juan, seu esposo, que não duvidaram em trazer o seu presente a experiência vivida para que fosse de utilidade para outros em circunstâncias similares ou não. Enquanto lia o livro me perguntava por que aceitei escrever sobre ele. Em uma de suas páginas encontrei a causa: ?Tu tens permitido isso. Estamos em Tuas mãos. Fortalece-nos e ainda que não entendamos tudo isso, sabemos que tens o controle de tudo, porém, como somos fracos necessitamos de Ti, já que com Tua ajuda iremos sair desta situação?. Dra. Alicia L. Calderón Médica especialista em ginecologia da ?Liga Argentina de Luta Contra o Câncer?. (LALCEC). Médica especialista em Saúde Pública.