A psicóloga Marisa Lobo, militante em movimentos de defesa da família e contra a legalização da maconha, afirmou que vê na Igreja Católica uma importante parceira na luta em defesa da família. A colunista do Gospel+ tem feito palestras em comunidades católicas e destacou a importância de somar esforços para a conquista de objetivos.
“Sei que cada ser humano defende suas causas e sua fé, mas quando colocamos Deus acima de nossas diferenças, temos paz e certeza de que estamos cumprindo nossa tarefa de servi-lo ao simplesmente aceitar sua direção”, afirmou Marisa Lobo.
A psicóloga, que se tornou nacionalmente conhecida por conta de professar sua fé nas redes sociais e sofrer represálias do Conselho Regional de Psicologia (CRP) do Paraná, ressaltou que os ativistas cristãos dentro da Igreja Católica têm prestado um grande serviço à sociedade e servem de exemplo aos evangélicos em termos de engajamento social: “A luta católica [em prol da família] não é de hoje. Acho que a Igreja Católica tem mais firmeza em suas posições e menos medo de lutar por uma causa, mesmo sendo polêmica. Faz parte de sua cultura. Nós, evangélicos, estamos aprendendo e nos últimos anos estamos também indo à luta”.
Marisa relatou ainda que os temas mais requisitados pelos católicos em suas palestras são os ligados à defesa da fé: “Os padres gostam que de meu testemunho de perseguição religiosa pelo Conselho de Psicologia, para motivar os membros a não negarem sua fé em Cristo. E me pedem muito para falar sobre ideologia de gênero, desconstrução familiar, ditadura ideológica de gênero (homossexualidade) e pedofilia, além de sexo e santidade para a juventude”.
De acordo com Marisa, apesar do risco de ser acusada de ecumenismo por conta de sua proximidade com a comunidade católica, é importante dar andamento às atividades em defesa da vida: “Não sou ecumênica. Não acredito no ecumenismo e os padres sabem disso, porque tenho a liberdade e o respeito deles para afirmar isso. Não estou participando de cultos ecumênicos e sim levando ensinamentos, lutando pela vida e pela família. Ou seja, o resto para mim é intriga, fofoca, espírito de confusão, e não me preocupo com isso. Onde houver pessoas que me convidem para denunciar essa destruição da fé cristã, estarei”, pontuou.
A psicóloga e palestrante frisou ainda que como seu foco é o fortalecimento dos princípios cristãos na sociedade, procura deixar de lado as incompatibilidades doutrinárias quando palestra em comunidades católicas: “Não polemizo com nossas diferenças de doutrinas, não falo do que nos separam, apenas do que nos une. Em todas as palestras que participo deixo claro que a diferenças nós deixaremos para Deus resolver. E que vamos nos ater ao que nos une, pois é o que importa. A certeza que Jesus veio ao mundo, morreu e ressuscitou por nós, e portanto, é o único Salvador da humanidade. A Ele, somente a Ele, toda Glória, porque só Ele vive”.
A receptividade, até agora, tem sido alta, de acordo com Marisa: “Todos aplaudem porque concordam, e isso pra mim é suficiente. Chamo os católicos de irmãos, porque somos irmãos, e nos damos muito bem. Nossas lutas são do reino de Deus e temos que unir forças. A prova disso é a luta contra o aborto, onde a Igreja Católica é referência, e na ideologia de gênero se uniu aos evangélicos mostrando sua força e militância política de forma organizada. Nos ensinaram a militar sem interesses pessoais. A Igreja Católica pensa no coletivo quando defende uma causa, e isso me comove, eles se unem mesmo”.
A respeito da política, Marisa Lobo – que é pré-candidata a deputada federal pelo PSC-PR – se disse surpresa e honrada com o apoio da Igreja Católica aos candidatos cristãos, incluindo evangélicos, que defendem a família: “’Profeta em sua pátria não tem honra’. Foi o que pensei na hora em que o padre Pedro Stepien, de Brasília, me comunicou este fato. Como gostaria que minha igreja evangélica estivesse preocupada e enxergando o que os católicos estão vendo, que precisamos de lideranças políticas comprometidas com as causas da igreja integralmente e que não tenham medo desse enfrentamento. Estamos vivendo uma desconstrução sexual e familiar jamais vivenciada na história da humanidade, e que somente aqueles que tem conhecimento do assunto e que não tem medo de levar pedrada podem enfrentar”, frisou a psicóloga, que acrescentou: “Fico feliz, porque preciso de apoio e minha decisão de me candidatar a um cargo eletivo nessas eleições veio de uma direção espiritual. Sinto que muitos veem como oportunismo e não como uma oportunidade, mas Deus está levantando em todo Brasil lideranças que tenham a coragem de enfrentar essa desconstrução. Não sou a única, graças a Deus”.
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