O presidente do Egito, Hosni Mubarak, prometeu vencer e erradicar o terrorismo com a força da lei, em reação aos atentados desta semana na península do Sinai, que mataram 20 pessoas.

Venceremos nossa luta. Vamos cercar e erradicar o terrorismo, acabando com as suas fontes. A firmeza e o rigor da lei serão nossa arma contra o extremismo, disse Mubarak num discurso ontem à noite, antecipando a comemoração do Dia do Trabalho, e publicado hoje pelo jornal Al Ahram.

O presidente avisou que ninguém está a salvo do terrorismo, que tenta atrapalhar o nosso caminho e destruir nossas ambições. Seu perigo ameaça as vidas dos egípcios.

As forças do fanatismo e o extremismo nos espreitam e tentam semear a discórdia entre muçulmanos e cristãos, que são parte de um só tecido social, acrescentou Mubarak.

Segundo o presidente, forças inimigas - que não identificou - tentam promover na juventude idéias estranhas à sociedade egípcia, sem qualquer relação com a essência e tolerância das religiões, e seu propósito é desestabilizar o país.

Mubarak se referiu ao atentado de segunda-feira, que matou pelo menos 18 pessoas (12 egípcios e seis estrangeiros) na cidade turística de Dahab, na costa leste da península do Sinai.

Na quarta-feira, apenas 24 horas depois, aconteceram outros dois atentados suicidas contra as forças de segurança. Um deles teve como alvo um carro de policiais egípcios e soldados da Força Multinacional de Observação (FMO). O outro foi contra dois oficiais da Polícia egípcia.

Segundo o Ministério do Interior, nos dois atentados suicidas morreram apenas os seus autores, sem vítimas entre os policiais e os soldados da FMO.

Os ataques, num dos principais pólos turísticos do Sinai, poderiam afetar negativamente o turismo no Egito. O setor representa a segunda maior fonte de renda do país, atrás apenas do canal de Suez.