“Oficinelektracusticamente G3”: Eis o nome do tão aguardo novo álbum do Oficina G3. O título pode parecer auto-explicativo, mas não é bom se apressar. Conclusões precipitadas, neste caso em especial, dificilmente serão bem sucedidas.

Primeiro, há que se dizer o que ele não é: não é um acústico comum, não é uma coletânea de melhores momentos, não é imposição da gravadora e nem tao pouco foi feito visando o mercado.

Inverta todas estas idéias. O formato “tradicional”, aqui, serve ao novo, ao inesperado. Dá continuidade precisa, ao renascimento simbolizado pelo bem-sucedido “Além Do Que Os Olhos Podem Ver”. O clássico é reinventado. A proposta já esgotada, ganha tons, contornos e possibilidades inéditas, exploradas com cuidado e competência.

Voz, violão e interpretações enfadonhas? Errado. Ponha peso, energia, elementos progressivos, arranjos vigorosos, instrumentos incomuns e muita inventividade na mistura. Quase uma década após aventurar-se pela primeira vez no gênero, “Oficinelektracustikamente G3” representa a maturidade de uma banda ciente daquilo que quer e cre.

Produzido por Geraldo Penna, o Gera, mesmo responsável pelos últimos trabalhos do grupo, o CD trará três músicas inéditas além de faixas já lançadas que refletem a não-obviedade das escolhas apresentadas aqui.

“Além Do Que Os Olhos Podem Ver”, o álbum anterior do grupo, marcou uma nítida transição de sonoridade do Oficina G3, vendeu mais de 100 mil cópias e foi indicado para o Grammy Latino.