Queridos parceiros e amigos,

Devido ao grande número de comentários e críticas dirigidos ao texto “A vida é feita de escolhas”, publicado no site da Portas Abertas Brasil em duas partes – nos dias 6 e 7 de outubro de 2012 –, senti a necessidade de esclarecer alguns pontos com nossos parceiros e leitores.

A polêmica que se criou em torno do texto se dá por conta de um parágrafo da matéria considerado, por alguns leitores, uma defesa ao marxismo e às ideologias de esquerda.

A proposta do texto era falar de um tema que estava em evidência na época em que foi escrito (a matéria foi publicada, originalmente, em abril): as revoluções no mundo árabe. O objetivo era mostrar que, diante de tal problema político/social, a Igreja de Cristo no mundo árabe não ficou inerte, ainda que as consequências para os cristãos fossem desconhecidas, podendo ser negativas ou positivas, ou gerar mais ou menos liberdade religiosa.

O panorama traçado por um historiador de confiança da Portas Abertas, conhecedor e propagador dos valores centrais da organização, incluiu ainda uma relação entre as vidas do irmão André, fundador da Portas Abertas e Muammar Kadafi, ex-ditador da Líbia; que representa o contraponto das escolhas de vida de cada um (por isso o título do texto). Como escrito no texto original, o irmão “André dedicou sua vida ao auxílio aos cristãos perseguidos e à expansão do Reino de Deus na terra; Kadafi dedicou sua vida à expansão de um governo pessoal, que o levou à morte em outubro de 2011, durante a Primavera Árabe”.

Assumimos aqui o equívoco de não termos deixado nossa posição devidamente clara e, como não tínhamos o objetivo de provocar o incentivo e a defesa de ideias de Marx ou qualquer outro sistema político e econômico, o trecho mencionado como marxista, contraditório aos valores da Portas Abertas, foi apagado. Não nos colocamos como defensores ou opositores de nenhum sistema político, nossa razão de ser passa longe disso. 

O maior objetivo da matéria foi desafiar os jovens cristãos brasileiros a fazer algo em prol dos cristãos perseguidos e a serem mais conscientes sobre seu papel na sociedade enquanto servos de Deus.

Para nós, a melhor escolha é aquela que o irmão André fez aos 27 anos de idade: a de servir irmãos que eram e ainda são oprimidos por causa de sua fé em Cristo Jesus. Outrossim, como servos de Cristo, somos avessos a qualquer tipo de rebelião contra governos ou autoridades instituídas (Romanos 13.1) e cremos que Deus está no controle de todas as coisas. Cremos também que, assim como um dia André adentrou as cortinas de ferro dos países comunistas com alimento espiritual para seus irmãos e dessa forma mudou a vida de milhares de pessoas, os jovens brasileiros do século XXI também podem fazer a diferença em nossa sociedade, sempre dentro dos parâmetros bíblicos.

Peço desculpas a todos os nossos parceiros e leitores pelo mal entendido e reitero o nosso total e irrestrito compromisso com o serviço à Igreja Perseguida e à Igreja brasileira; que esta se sinta abençoada e edificada através do testemunho e perseverança daquela.