O atirador que matou 39 pessoas durante comemorações do Ano Novo, em um ponto de encontro de jovens, em Istambul, Turquia, Abdulkadir Masharipov, declarou perante o tribunal: "Meu objetivo era matar cristãos". Além dos mortos, 69 pessoas ficaram feridas. O cidadão uzbeque foi intimado pela justiça no dia 11 de fevereiro, quase um mês depois de ter sido capturado pela polícia de Istambul, em 16 de janeiro.

Ele disse ao juiz que fazia parte do Estado Islâmico, que reivindicou a responsabilidade pelo ataque no dia seguinte, dando a entender que o plano executado fazia parte da vingança contra o envolvimento militar turco na Síria. O jihadista é casado, tem dois filhos pequenos, estava morando com a família na Turquia havia um ano e tinha planos de ir para a Síria. Ele confessou que pretendia cometer suicídio logo após o ataque para não ser capturado. Disse também que não se arrepende pelo crime e que espera a pena de morte.

Entre as vítimas havia 12 cidadãos muçulmanos turcos, muitos estrangeiros que estavam de visita ao país, árabes, incluindo 7 sauditas e alguns cristãos. Observadores acham que Masharipov não planejou realmente atingir cristãos, já que em média há 1 cristão para cada 500 habitantes turcos no país. Esse incidente fechou o ano de 2016 causando grande preocupação para a igreja na Turquia, país que subiu 8 posições na Lista Mundial da Perseguição em 2017, passado de 45º para o 37º lugar. Ore pelos cristãos turcos, que eles permaneçam firmes em sua fé.