Dentro de cada cristão existe um judeu, defende papa Francisco
Pontífice diz que é possível que judeus e cristãos “vivam como irmãos”
Ao longo dos séculos a relação do Vaticano com os judeus passou por diferentes fases. Desde uma declarada perseguição como na Inquisição, até acusações de ter apoiado os nazistas durante a Segunda Guerra.
Contudo, o Papa Francisco voltou a mostrar a força de seu pensamento ecumênico esta semana. Na entrevista concedida ao jornal espanhol ´La Vanguardia´, publicada nesta sexta (13), ele condenou todo tipo de fundamentalismo, cuja “estrutura mental” seja “a violência em nome de Deus”.
Também defendeu um diálogo inter-religioso que se aprofunde “na raiz judaica do cristianismo e no florescimento cristão do judaísmo”. Disse acreditar que identificar a chamada “identidade religiosa” pode ser a melhor maneira de ocorrerem “mudanças verdadeiras” no mundo.
“Nunca se pode dar um passo na vida se não ser desde atrás, sem saber de onde venho, que sobrenome tenho, que sobrenome cultural ou religioso possuo”, enfatizou. Expressou seu desejo de aproximação com os judeus, através de um diálogo mais amplo.
Para exemplificar, afirmou que dentro de cada cristão existe um judeu, justificando: “Eu rezo todos os dias o ofício divino com os salmos de Davi. Os 150 Salmos são recitados em uma semana. Minha oração é judia, e logo tenho a Eucaristia, que é cristã”. Deixou claro ainda que judeus e cristãos podem “viver como irmãos”.
Ao falar sobre os que negam holocausto judeu, disse que esse pensamento é “uma loucura”, e foi enfático: “O anti-semitismo está acostumado a aninhar melhor nas correntes políticas de direita que de esquerda, não? E ainda continua”.
Durante a entrevista o pontífice também criticou o atual sistema econômico e o amor ao dinheiro acima das pessoas. “Acredito que estamos em um sistema mundial econômico que não é bom. No centro de todo sistema econômico deve estar o homem e a mulher, e todo o resto deve estar ao serviço deste homem. Mas nós pusemos o dinheiro no centro, o deus dinheiro. Temos caído em um pecado de idolatria, a idolatria do dinheiro”, exortou.
A amplitude desse tipo de discurso vindo do Vaticano é sem precedentes. Semana passada Francisco recebeu uma comitiva de 15 líderes políticos e religiosos, com destaque para o senador Mike Lee do Estado de Utah, que também é líder da Igreja dos Santos dos Últimos Dias (mórmons) e Joel Osteen, pastor da Lakewood Church, maior igreja evangélica dos EUA.
Segundo o material divulgado, Francisco convidou-os para discutir a questão: “Podemos encontrar um terreno comum, a fim de avançar na vida e ministério de Jesus, para que mais pessoas possam experimentar a alegria da fé cristã?”.
Em sua recente visita à Terra Santa, o papa insistiu na aproximação com líderes judeus e muçulmanos, convidando-os para ir ao Vaticano. Na ocasião também teve um encontro com o Patriarca Bartolomeu, líder máximo dos Ortodoxos. Ambos falaram sobre a unidade do corpo de Cristo.
Um dos aspectos abordados por eles foi o debate de como os mais de 1 bilhão de católicos e os 300 milhões de ortodoxos poderiam celebram a Páscoa na mesma data, mudando uma tradição de centenas de anos. Ao longo dos séculos a relação do Vaticano com os judeus passou por diferentes fases. Desde uma declarada perseguição como na Inquisição, até acusações de ter apoiado os nazistas durante a Segunda Guerra.
Contudo, o Papa Francisco voltou a mostrar a força de seu pensamento ecumênico esta semana. Na entrevista concedida ao jornal espanhol ´La Vanguardia´, publicada nesta sexta (13), ele condenou todo tipo de fundamentalismo, cuja “estrutura mental” seja “a violência em nome de Deus”.
Também defendeu um diálogo inter-religioso que se aprofunde “na raiz judaica do cristianismo e no florescimento cristão do judaísmo”. Disse acreditar que identificar a chamada “identidade religiosa” pode ser a melhor maneira de ocorrerem “mudanças verdadeiras” no mundo.
“Nunca se pode dar um passo na vida se não ser desde atrás, sem saber de onde venho, que sobrenome tenho, que sobrenome cultural ou religioso possuo”, enfatizou. Expressou seu desejo de aproximação com os judeus, através de um diálogo mais amplo.
Para exemplificar, afirmou que dentro de cada cristão existe um judeu, justificando: “Eu rezo todos os dias o ofício divino com os salmos de Davi. Os 150 Salmos são recitados em uma semana. Minha oração é judia, e logo tenho a Eucaristia, que é cristã”. Deixou claro ainda que judeus e cristãos podem “viver como irmãos”.
Ao falar sobre os que negam holocausto judeu, disse que esse pensamento é “uma loucura”, e foi enfático: “O anti-semitismo está acostumado a aninhar melhor nas correntes políticas de direita que de esquerda, não? E ainda continua”.
Durante a entrevista o pontífice também criticou o atual sistema econômico e o amor ao dinheiro acima das pessoas. “Acredito que estamos em um sistema mundial econômico que não é bom. No centro de todo sistema econômico deve estar o homem e a mulher, e todo o resto deve estar ao serviço deste homem. Mas nós pusemos o dinheiro no centro, o deus dinheiro. Temos caído em um pecado de idolatria, a idolatria do dinheiro”, exortou.
A amplitude desse tipo de discurso vindo do Vaticano é sem precedentes. Semana passada Francisco recebeu uma comitiva de 15 líderes políticos e religiosos, com destaque para o senador Mike Lee do Estado de Utah, que também é líder da Igreja dos Santos dos Últimos Dias (mórmons) e Joel Osteen, pastor da Lakewood Church, maior igreja evangélica dos EUA.
Segundo o material divulgado, Francisco convidou-os para discutir a questão: “Podemos encontrar um terreno comum, a fim de avançar na vida e ministério de Jesus, para que mais pessoas possam experimentar a alegria da fé cristã?”.
Em sua recente visita à Terra Santa, o papa insistiu na aproximação com líderes judeus e muçulmanos, convidando-os para ir ao Vaticano. Na ocasião também teve um encontro com o Patriarca Bartolomeu, líder máximo dos Ortodoxos. Ambos falaram sobre a unidade do corpo de Cristo.
Um dos aspectos abordados por eles foi o debate de como os mais de 1 bilhão de católicos e os 300 milhões de ortodoxos poderiam celebram a Páscoa na mesma data, mudando uma tradição de centenas de anos.
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