Uma milícia cristã no Iraque, chamada de “Unidade de Proteção”, foi levada de volta a uma aldeia tradicionalmente cristã que estava sitiada pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Eles tiveram ajuda da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

A milícia anunciou em sua página do Facebook que libertou a aldeia de Badanah, na zona rural do sul de Mossul, em sua primeira operação apoiada por ataques aéreos e armas oriundas da coalizão internacional.

Imagens compartilhadas pela milícia mostra seus combatentes com bandeiras na aldeia, que havia sido destruída pelo Estado Islâmico.

Os cristãos e outras minorias estão entre os principais alvos do grupo terrorista, um ramo da al-Qaeda que procura estabelecer um califado na região. O EI conquistou grandes territórios no Iraque e na Síria, e também alguns na Líbia.

Em maio desse ano, o Representante Especial e Chefe da Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque, Jan Kubis, apresentou um relatório ao Conselho de Segurança condenando "a matança que ainda continua, o sequestro, estupro e tortura de iraquianos pelo Estado Islâmico”. Ele ainda disse que isso constitui crimes contra a humanidade, crimes de guerra e até mesmo genocídio".

Em março, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, reconheceu pela primeira vez o genocídio cometido pelo EI contra os cristãos e outras minorias religiosas no Oriente Médio.

Enquanto o grupo terrorista está perdendo território no Iraque e na Síria, ele ainda tem 18 a 22 mil combatentes, apesar dos ataques aéreos por parte da coalizão internacional, segundo o diretor da CIA, John Brennan.

O grupo terrorista usa métodos brutais para torturar e punir aqueles que considera ser seus inimigos. No ano passado o EI tentou justificar sua barbárie, dizendo que é "islâmico", para capturar e fazer de mulheres suas escravas sexuais.