A administração dos Estados Unidos adiou a pena da Arábia Saudita por restringir a liberdade religiosa. Ela terá seis meses para mostrar que teve progresso no tratamento das minorias religiosas.
Um ano atrás, o Departamento de Estado declarou que não havia liberdade religiosa no reino árabe. De acordo com a lei americana, a administração americana não poderia ter-lhe imposto sanções - como restrição ao comércio - da maneira que fez com alguns outros países.
A secretária de estado Condoleezza Rice notificou o Congresso da sua autorização de um prazo adicional para a Arábia Saudita. O país terá 180 dias antes que uma ação seja realizada contra ele. O prazo também foi estabelecido "a fim de dar um tempo maior para as discussões, progredindo em assuntos importantes ligados à liberdade religiosa".
O porta-voz do departamento de estado Kurtis Cooper disse que Condoleezza trouxe a questão à tona em uma reunião em Washington com o ministro de relações exteriores, o príncipe Saud al-Faisal, e acentuou a importância de continuar o trabalho deste assunto.
A Comissão de Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos - uma agência federal estabelecida pelo Congresso em 1998 para promover a liberdade religiosa em todo o mundo - revelou a decisão de Condoleezza na sexta-feira.
O atraso para com a Arábia Saudita coincidiu com uma especulação diplomática pública feita pela Subsecretária de Estado Karen Hughes, designada para promover a democracia em países muçulmanos.
Falando sobre a Arábia Saudita, Karen elogiou seus líderes pelo trabalho anti-terrorismo.
A comissão de liberdade religiosa, em um anúncio, disse que não houve um progresso real na Arábia Saudita em termos de circunstância religiosa. Ela afirmou também que o governo dos EUA deve usar os 180 dias para cobrar da Arábia um avanço palpável.
A comissão também declarou que não se deve emitir licenças para exportar tecnologia militar para a Arábia Saudita. Além disso, os oficiais sauditas que violam a liberdade religiosa não terão permissão para visitar os Estados Unidos.
"Não há liberdade de religião", informou o departamento de estado ano passado, concluindo sobre o estado na Arábia Saudita, em um relatório que cobre a situação religiosa em 191 países.
Aqueles que não aderem à corrente sunita do islamismo, sancionada oficialmente pelo governo árabe, pode enfrentar "conseqüências severas" da polícia religiosa, afirma o relatório.
Ele também citou exemplos nos quais pregadores de mesquitas pagos pelo governo "usavam uma violenta linguagem anti-semita e anticristã" em seus sermões.
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