Depois de dois meses de intensas negociações pela disputa presidencial de 27 de dezembro, os políticos da oposição e o governo assinaram um acordo histórico de partilha de poder no dia 28 de fevereiro.
“Nós temos um acordo. O compromisso era necessário para a sobrevivência deste país... Eles tinham o futuro do Quênia em suas mãos e chegaram a uma decisão em comum para o bem da nação”, disse o mediador Kofi Annan para a Reuters.
O acordo prevê a criação de um cargo de primeiro-ministro para Raila Odinga, que também disputou as eleições em 2002, quando Mwai Kibaki acabou eleito. Raila diz que o presidente não honrou com o acordo que tinham feito na época da eleição.
O acordo de paz vai privilegiar as posições governamentais baseadas na força de cada partido no parlamento e criar dois cargos de primeiro-ministro – um para cada lado da coalizão. O Movimento Democrático Laranja (ODM, sigla em inglês) de Odinga, tem o maior número de cadeiras.
Há também planos de rever a Constituição para colocar um fim nos poderes considerados ilegais, que os atuais documentos garantem ao presidente.
Situação da Igreja não muda
No entanto, a Igreja não estará segura da violência. Ficou claro desde o começo que a crise no Quênia é política e não religiosa. Em um incidente, uma igreja foi queimada com 30 refugiados dentro (leia mais), além de uma outra luterana e uma anglicana ( relembre o caso). Um padre católico também foi morto quando viajava sozinho por Rift Valley.
Apesar de haver algumas limitações para as Igrejas do nordeste do Quênia, área dominada pelos muçulmanos, o país tem sido em geral um exemplo de estabilidade.
Muitos esforços humanitários para os países em crise no oeste da África, têm mantido suas bases no Quênia. O impacto que essa violência contínua pode causar no trabalho da Missão Portas Abertas e de outras ONGs da região, causa preocupações.
Portas Abertas
A respeito dos últimos acontecimentos na política queniana, o diretor de operações em campo da África Subsaariana da Missão Portas Abertas, declarou: “O anúncio de uma decisão na política queniana pela disputa de poder veio como uma resposta para as orações contínuas dos cristãos ao redor do mundo. Nós queremos reconhecer a fidelidade do Deus todo poderoso e agradecê-lo pelo acordo político.
De fato Ele é quem detém o coração dos reis e as leis em Suas mãos. Ele é quem nos convida em Filipenses 4:6 para ir até Ele com nossos pedidos... ‘Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças’”.
“Nós testemunhamos novamente o poder dEle e somos encorajados. Obrigado Senhor! Nossas orações são para que os líderes e o povo queniano sejam um exemplo para o resto da África e do mundo, como uma nação cristã, não apenas em palavras, mas em unidade, prosperidade e paz”.
“Obrigado por suas orações e, por favor, continue orando para que o governo queniano siga definindo papéis e responsabilidades para o futuro”.
Pontos de Oração
1. Agradeça a Deus pelo acordo de paz.
2. Ore para que os partidos honrem com o acordo.
3. Ore para que a violência cesse no Quênia.
4. Ore para que a Igreja no Quênia seja um exemplo para os descrentes.
5. Ore pelos cristãos do nordeste do Quênia, que não se beneficiarão com a assinatura do acordo de paz. Eles continuarão sofrendo pressões, isolamentos e sendo ridicularizados por terem escolhido seguir a Cristo.
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